terça-feira, 29 de abril de 2008

A vida inteira eu quis um verso simples


Nada mais me transforma tanto do que a própria transformação. Minhas memórias não são relatos simples de uma vivência comum. Quem na verdade é comum? Melhor seria saber se a realidade forma caracteres desfocados. Prefiro não tentar ler no misterioso livro do teu ser as verdades que nunca existiram. Nem ao menos as crenças das quais eu fundamentei minhas realidades são fatos sinceros. Melhor seria não falar tanto de mim e tentar descobrir o mundo que existe lá fora da minha existência. Que então eu vivo me perguntando como fazer pra ser e não ser. Não faço talvez objeções do que é plausível pra minha oferta de sobreviver, já não sei dizer.

Qual é o melhor caminho?

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A SOMBRA CONFIA AO VENTO O LIMITE DA ESPERA

Quem me dera se eu pudesse saber a verdade antes de saber que ela não existe. Mesmo querendo segredar meus sentimentos aquilo que reage em mim, me faz ser um pouco do que desejaria ser. Meus gestos frágeis, meu corpo mínimo, meus cansaços que tomam por ser tão incoerente quanto aos meus sentidos. Desejaria ter um momento só pra mim e neste momento dizer o que penso e o que sinto. Ao menos o universo pode realizar a sua rota pelo infindável cosmos.


De certa forma é um alívio.

sábado, 5 de abril de 2008

vem pra minha ala que hoje a nossa escola vai desfilar

Como posso saber que a vida é tão forte e não descubro sentido de viver. Estou soterrado neste mundinho pequeno e vão. Virei história e já não morri. Nem sei ao menos o que foi viver. O que foi que era vidro e se quebrou. Sinto que não vejo nada a mais. Quero fazer parte deste mundo. Quero ser um ser vivente. Quero saber da sua vida, da minha vida e da nossa vida. Vai, vem embora, volta. Mas antes descobre o que eles dizem por lá. Descobre que o mundo é azul e que o céu de Londres é cinza. Porém estamos debaixo deste mesmo céu. E isso me deixa feliz!


Quem sabe no ano que vem...