Caminhando contra o vento sem lenço e sem documento

Reflexões sobre o dia de hoje e sobre a burrocracia.

O dia hoje totalmente intenso,  a sensação foi essa de caminhando contra o vento mesmo. Primeiro a grande aventura de ir pra BH de carona. Acordamos cedo eu e Maurício e fomos pro ponto de carona, tava um frio de doer, mas logo parou um carro que apesar da plaquinha, que eu artisticamente tinha produzido, escrito BH, nos ofereceu carona pra Cachoeira do Campo, aceitamos de prontidão, pois lá passaria mais carros e certamente estaria mais quente que OP. Assim, seguimos rumo a Cachoeira embalados pela voz de Paula Fernanda, até que tava agradável. Porém chegando lá, apesar de realmente passar mais carros, amargamos mais de uma hora de espera para uma carona, que quando apareceu quase gritamos de felicidade, não gritamos, bem, sabe por que né?  Rumo a Belzonte com uma trilha sonora um pouco menos agradável e como comentários irônicos do motorista sobre a sexualidade do cantor Luan Santana, enfim chegamos não propriamente na capital, mas em Contagem. Depois de um almoço trash, num restaurante mais trash ainda,  fomos pro centro de circular, outra viagem.

Aqui começa a saga da burrocracia. Fico louco de pensar que em tempos de digitalização, as instituições governamentais necessitam tanto de Xerox dos documentos que as mesmas produzem. Espero ansioso pelo dia que teremos apenas um chip com todos os nossos dados. Tirar um visto é a coisa mais chata que eu já vivi. Fico tentando entender qual a utilidade de tanto papel, quando a ordem é ser ecologicamente correto. O pior ainda é que além de tirar cópia dos papéis é preciso autenticar, quer dizer gastar mais dinheiro à toa! Desta forma, foi um corre corre hoje pelas deliciosas  ruas de Belô, com direito a uma passadinha pelo Palácio das Artes e ver uma exposição de arte contemporânea.

Enfim, fomos pra rodoviária e voltamos tranquilamente de Pássaro Verde pra Ouro Preto. Agora começa a saga pra desmontar a casa, mas isso é um outro capítulo da história.